A PERSPECTIVA PARA AS FINTECHS NO BRASIL

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Você provavelmente já ouviu falar nas fintechs. São startups que desafiam as instituições financeiras tradicionais, como os bancos, por meio do uso da tecnologia.

É um cenário economicamente animador para os consumidores – afinal, mais concorrência significa a criação de serviços melhores e mais econômicos em longo prazo. É algo de que o Brasil precisa muito, diante de altas taxas de juros e processos burocráticos em muitas instituições financeiras.

Apesar de ainda incipiente por aqui, esse mercado já tem bons números para apresentar. O Brasil tem hoje 130 fintechs e metade delas já alcançou um faturamento acima de 1 milhão de reais, de acordo com o relatório do FintechLab. Em 2016, devemos atingir a marca de 450 milhões de reais investidos nessasstartups, número puxado por empresas já mais consolidadas como Moip e Nubank.

Três empreendedores estão justamente participando dessa inovação e deram sua visão sobre por que apostam no crescimento das fintechs no Brasil: Guga Stocco, diretor de estratégia do Banco Original, que promete abolir taxas e filas; Pedro Conrade, fundador do Banco Neon, 100% digital e sem anuidade; e Sergio Furio, fundador da BankFacil, startup de empréstimos a juros baixos.

Eles participaram do FINTECHclass, evento realizado ontem pela StartSe para discutir o futuro do mercado financeiro por meio das startups que estão reescrevendo a história do setor.

Veja, a seguir, algumas razões que explicam o sucesso das fintechs – o que inclui algumas características exclusivas ao Brasil.

1. Os juros bancários no Brasil são estratosféricos

É conhecido que, no Brasil, pagamos um dos juros mais altos do mundo. Ao ficar com o saldo negativo e cair no cheque especial, os correntistas podem pagar juros que variam entre 11,76% e 15,21% ao mês nos maiores bancos do país, segundo dados do Banco Central.

O valor dos juros pressiona muito o orçamento de famílias e empresas: basta pensar em produtos como cartões de crédito, cheques especiais e empréstimos pessoais.

“Ao olhar para esse quadro, não tem como não pensar que as fintechs brasileiras serão as melhores do mundo: a capacidade de disrupção é muito grande”, analisa Furio, da BankFácil. “Já vemos hoje casos de gente que está operando muito bem, como o Nubank.”

2. O digital é cada vez mais presente na vida dos brasileiros

O Brasil é campeão no uso de smartphones: cada brasileiro passa cerca de quatro horas por dia mexendo na telinha do celular. Na maioria das vezes, apenas por passatempo.

Mesmo assim, isso abre margem para a criação de empresas focadas na atuação digital – e as fintechs, como o próprio nome já diz, são peritas em tecnologia.

Elas podem aproveitar o fato de que o universo digital já chegou ao mundo dos pagamentos eletrônicos – basta olhar para ferramentas como o internet bankinge para a grande quantidade de lojas virtuais – para assumir a dianteira desse movimento de democratização da movimentação financeira online.

Segundo Conrade, do Banco Neon, o Brasil registrou no ano passado transações digitais com valor acumulado de um trilhão de reais. Isso representa ainda apenas um terço do total de transações. “Eu acho que muitas fintechs irão surgiu no Brasil, porque ainda há mercado para ser trabalhado”, diz o empreendedor.

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Fonte: Revista Exame PME